Home office pode se tornar o novo normal após a pandemia

O home office é uma das principais tendências do “novo normal” e deve ser adotado pelas empresas no pós-pandemia. Este modelo, que já vinha crescendo no mercado nos últimos anos, pode se tornar a forma de trabalho predominante.

Não será mais algo raro ou incomum vermos pessoas montando um escritório em casa. Uma pesquisa da consultoria Cushman & Wakefield aponta que 73,8% das empresas multinacionais atuantes no Brasil devem adotar o home office como modelo de trabalho após a pandemia.

A manutenção do home office no pós-pandemia se deve ao fato da excelente avaliação do modelo de trabalho durante a quarentena. Segundo a pesquisa, 59% dos executivos perceberam mais pontos positivos do que negativos e outros 25,4% disseram que a experiência foi altamente positiva para suas empresas.

O novo normal também deve mudar o formato dos escritórios presenciais. Segundo especialistas, os mesões de escritório devem ser deixados de lado. Empresas devem abrir mais espaços em suas salas e colocar menos pessoas trabalhando simultaneamente. Isso também indica que, pelo menos, parte do trabalho deve ser feita em home office.

Colaboradores da TIM desejam seguir em home office

A TIM, uma das principais operadoras de telefonia e Internet do Brasil, realizou uma pesquisa recentemente sobre o home office, já que este modelo de trabalho foi amplamente adotado em todo o mundo com a pandemia de coronavírus.

A pesquisa mostrou que 98% dos colaboradores da empresa desejam trabalhar em casa, no mínimo, uma vez na semana, mesmo em um cenário de normalidade, ou seja, após o controle da pandemia de coronavírus. Mais de 90% dos entrevistados deseja atuar em home office duas ou mais vezes por semana.

A VP de Recursos Humanos da TIM Brasil, Maria Antonietta Russo, disse que os indicadores reforçam os benefícios da adoção do smart working e que as empresas já estão avaliando a adesão permanente num pós-pandemia.

A executiva ressaltou que a TIM seguirá provendo o suporte necessário para que os seus colaboradores consigam conciliar as atividades do trabalho remoto com a rotina de suas famílias durante o período de isolamento social.

O estudo mostrou uma melhora no desempenho na execução de atividades, no fluxo de trabalho e no planejamento de tarefas. As interações com a equipe foram consideradas boas por 78% dos entrevistados. Isso tudo aumentou a produtividade dos funcionários.

Além disso, a adoção do home office aumentou a qualidade de vida dos colaboradores. Antes da pandemia, os funcionários perdiam diversas horas em engarrafamentos, além de terem mais segurança em casa e de poderem ficar mais com a família, o que também pesa para a decisão de se manterem em domicílio.

Além dos colaboradores, 96% dos gerentes e diretores também destacaram a relação deles com suas equipes. O estudo foi respondido por mais de cinco mil funcionários da empresa e deve ser tomado como base para retomada das atividades presenciais da operadora no pós-pandemia.

A TIM Brasil já anunciou que 100% dos seus colaboradores permanecerão em home office até o final de agosto. Cerca de 7,5 mil colaboradores da empresa estão trabalhando de forma remota desde 20 de março.

Até mesmo os profissionais de call center e das centrais de monitoramento de rede da empresa estão trabalhando em casa. As equipes de manutenção e infraestrutura seguem atuando com uma série de orientações para diminuir os riscos de contágio por conta da pandemia.

Tecnologias devem ajudar a dar suporte ao trabalho remoto

Para ajudar na comunicação, as empresas precisam contar com as tecnologias para dar suporte ao trabalho de seus colaboradores em home office. Serviços como computação em nuvem, softwares de videoconferência e automação são importantes para que os funcionários possam executar suas tarefas em casa.